Santa Catarina ocupa uma posição intermediária entre os estados da Federação no que diz respeito à população, território e economia. No entanto, um quesito chama a atenção: o crescimento constante e equilibrado no futebol profissional. Acostumado ao aparece-e-desaparece na elite do Brasileirão nas últimas décadas do século passado, a partir dos anos 2000, nosso estado entrou no ritmo do pelotão de frente e desde que o Campeonato Brasileiro começou a ser jogado no sistema de pontos corridos, em 2003, sempre tivemos representantes na Série A.
Se na primeira década do ano 2000 manter-se na elite com pelo menos um time entre os 20 maiores já era uma proeza, a partir de 2010 essa realidade foi sendo ultrapassada por metas ainda mais ousadas. Em 2011, tivemos dois clubes na A. Este ano, foram três. E para 2015, quatro. Isso só aconteceu uma vez na história. Foi há 35 anos, e o Brasileirão era uma competição com 94 clubes, numa realidade totalmente diferente da atual. Se o Palmeiras não conseguir permanecer na A, teremos em 2015 a mesma quantidade que São Paulo. Considerando o dinheiro que os paulistas têm em comparação aos catarinenses, é um feito notável. Paraná e Rio Grande do Sul, juntos, terão o mesmo número de clubes que Santa Catarina.
Essa nova era do futebol catarinense merece muitas análises, mas há uma que vale ressaltar: a organização. Santa Catarina tem uma entidade que se destaca em nível nacional pela forma como participa da vida das agremiações: a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCCLUBES), que em 27 anos de história ininterrupta, teve 15 presidentes diferentes e o futebol que mais cresceu. De lá para cá, conquistamos o título da Copa do Brasil em 1991 com o Criciúma, os sete anos seguidos do Figueirense na Série A, a sexta colocação do Avaí no Brasileirão de 2010 – a melhor posição até hoje.
E queremos mais.
Por isso, estamos investindo também nas competições estaduais. Melhoramos a fórmula do Catarinense da Série A. Criamos o Prêmio Craque da Série B este ano e valorizamos ainda mais a competição. Trabalhamos muito, indo aos clubes com nossos profissionais de engenharia, do setor jurídico, de comunicação e marketing, visando oferecer aos clubes mais condições para obter sucesso em suas ações. Queremos uma Série B cada vez mais forte, porque assim vamos elevar o nível da nossa Série A.
Já conquistamos em pouco mais de 20 anos os títulos mais importantes do futebol no país. Uma bela história para contar e se orgulhar. Mas ainda temos muito para caminhar, afinal o nosso objetivo continua sendo o mesmo do idealizador da Associação, o campeoníssimo Waldomiro Schutzler: fortalecer o futebol catarinense.
