Futmarcas

 A comercialização de produtos licenciados de futebol é importante para os clubes, pois boa parte da renda vem da comercialização das camisas, bandeiras, chaveiros, canecas e outros artigos. 

Visando organizar o licenciamento de produtos dentro dos clubes, a Associação dos Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina lançou em dezembro de 2010 o projeto Futmarcas, com objetivo de unir as forças do futebol catarinense em prol deste tema, visando o crescimento dos clubes, o controle de produtos falsificados e o fortalecimento de suas marcas. 

No primeiro momento, o projeto focou em colaborar com a profissionalização e aprimoramento da área de licenciamento dos clubes, bem como trabalhar em mecanismos para auxiliar o torcedor e o lojista a encontrar produtos de origem legal. 

Em longo prazo, o projeto prevê lojas 100% licenciadas em todo o estado, em que estarão sendo comercializados somente produtos dos clubes que estiverem inseridos no projeto, que na época era coordenado por Otília Pagani, coordenadora de Licenciamento no Avaí. O Futmarcas começou com cinco clubes e, que ampliou para dez agremiações: Avaí, Criciúma, Chapecoense, Joinville, Metropolitano, Brusque, Juventus, Camboriú, Figueirense e Inter de Lages – estes dois entraram em 2013. 

É um ´projeto que precisa sempre, ser revitalizado, pois novos atores e marcas estão surgindo e se fortalecendo, assim como empresas de coordenação de produtos diversos, sem contar com o comércio digital que cresceu exponencialmente.

Feiras

Reunir num só local os produtos licenciados dos clubes de futebol de Santa Catarina. Essa iniciativa inédita no Brasil foi realizada em Santa Catarina durante a Feira Estadual de Produtos Oficiais e Licenciados dos Clubes de Futebol Profissional. A primeira edição da Feira foi em Palhoça em 2011 e um dos destaques foi o lançamento dos sachês de leite com a marca dos clubes do nosso estado. No ano seguinte, em 2012, a Feira foi aberta ao público para que ele fizesse as compras e a sensação foi o achocolatado e o carvão para o churrasco dos torcedores. Em 2013, ela foi realizada nos dias 9 e 10 de setembro, em Joinville, no Centro de Convenções da Univille, no bairro Bom Retiro (Zona Industrial).

Durante a feira, que é direcionada aos lojistas, mas aberta ao público em geral, os visitantes podem conhecer o que os principais clubes do estado estão comercializando, desde confecção (adulto, infantil e bebê), produtos de beleza, moda íntima, artigos para presente, linha pet, alimentação, calçados e muitos outros artigos para o torcedor.

A iniciativa é da Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina (SCClubes), através do Projeto Futmarcas, criado no final de 2010 com objetivo de unir as forças em prol deste tema, visando o crescimento dos clubes, o controle de produtos falsificados e o fortalecimento de suas marcas. 

Além da Feira, ocorreu durante os dois dias uma série de painéis, onde os clubes apresentaraam campanhas de combate à pirataria, a força da marca no esporte e a criação de lojas 100% licenciadas.

Pirataria

Camisas de clubes de futebol são o principal item vendido pelos clubes e também são os que mais sofrem com os falsificadores.

O mercado ilegal gerou perda de R$ 453,5 bilhões no Brasil em 2022. O montante considera o valor das mercadorias vendidas ilegalmente, os impostos que deixaram de ser arrecadados e os furtos de energia e água. Os dados são da nota técnica "Brasil Ilegal", levantamento produzido por entidades que representam a indústria — CNI (Confederação Nacional da Indústria), Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) e Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).

O que diz o levantamento: A perda de arrecadação de impostos causada pelo mercado ilegal foi de R$ 136 bilhões em 2022.

As perdas para o setor privado foram de R$ 297 bilhões no mesmo ano. A estimativa é que a atividade ilegal tenha levado à perda de 370 mil postos de trabalho -             https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2024/04/17/brasil-ilegal.htm?cmpid=copiaecola

Existem estudos que mostram que os clubes perdem atualmente em torno de cinco vezes o que poderiam estar faturando, e isto representa aquele recurso que falta para incrementar investimentos em setores importantes do clube, como as suas categorias de base, conforme estudos da área de Marketing da Adidas.
A preocupação com o tema é grande, pois se estima que a pirataria mais o contrabando movimentem mais de R$ 700 bilhões por ano no país. E através do projeto Futmarcas várias atividades estão sendo realizadas, campanhas que envolvem as três vertentes:
•conscientização – trabalhando o mercado e o consumidor;
•economia – os clubes se unem para negociar insumos em conjunto, visando baratear e oferecer produtos de qualidade a preços cada vez mais competitivos;
•repressão – a união neste item é importante e também mais econômica.

CECOP

O Conselho Estadual de Combate à Pirataria (Cecop), órgão da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável, é integrado por diversas entidades, entre elas a Associação de Clubes de Futebol Profissional de Santa Catarina.
O Cecop está estruturado em três vertentes de trabalho: institucional, educativo e operacional. Por meio da assinatura de termos de cooperação com várias entidades públicas e privadas, tem por objeto promover e coordenar ações de enfrentamento à pirataria, colaborando com a formulação e proposição de plano estadual para a prevenção e o combate à pirataria, à sonegação fiscal dela decorrente e aos delitos contra a propriedade intelectual.
A apreensão é uma das ações desenvolvidas pelo Cecop. Campanhas de conscientização também são realizadas. Em parceria com os departamentos jurídicos dos clubes, o Cecop desenvolve, nas imediações das praças esportivas, operações para combater a venda ilegal de produtos.
Jair Antonio Schmitt - Secretário Executivo, responde pela entidade.